Lembrança. Quando a conheci, Na puberdade ainda, Não entendia, A força estranha que nascia, Em corações tão inocentes. Nos olhávamos receosos, Como se errados estivéssemos, Sob olhares estranhos, maldosos. E assim nosso amor nasceu. E puramente cresceu, No meu e no peito seu. Mas aquela atração, Tão pouco tempo durou Pois não soubemos lutar A favor de nossos corações. De outras forças fomos vítimas, Separados fomos, sem querer Perdi você para sempre, E nunca mais pude ver Seu sorriso aberto feliz. Se a felicidade você encontrou, Eu triste segui meu caminho, Sem lhe esquecer Beatriz.

Cura Amei com tanta intensidade, Que esqueci de mim E mergulhei-me no abismo do abandono. E só pensava em você. E você, toda rainha, Cabeça altiva mandatária Nem sequer pra mim olhava, Ria da desgraça minha. E eu bobo apaixonado, Só vivia o presente, No futuro não pensava, Pois me sentia um demente. E dessa demência terrível, Alguém um dia cuidou. Levou-me para o alto, Meu passado a mim mostrou; E um caminho ao futuro, Sorrindo, a mim indicou. E assim seguimos juntos Um lindo lar construímos: O nosso "castelo de amor".